10 de ago. de 2010

Céu e Inferno....


Não sei o autor desse texto/estorinha, mas achei interessante e verdadeira, somos nós que criamos nossos monstros... meu pai me enviou por email hoje. A Ilustração chama-se Civilization e se encontra num elevador do Standard Hotel de Nova York. Foi feita à partir da colagem de mais de 400 tomadas de filmes e faz um looping infinito, segundo artigo do blog Nerd somos Nozes. Lembra A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Irei colocar o video da imagem em movimento, no post seguinte.


Conta-se que um dia um Samurai,grande e forte, conhecido pela sua índole violenta foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas.
" - monge", disse o samurai com desejo sincero de aprender,"ensina-me sobre o céu e o inferno".
O monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e, simulando desprezo, disse-lhe:
"- Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo! Seu mau cheiro é insuportável!"
"- Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para sua classe."
O samurai ficou enfurecido. O sangue subiu-lhe ao rosto e ele não conseguiu dizer uma palavra, tamanha era a sua raiva. Empunhou a espada e ergueu-a sobre a cabeça... e preparou-se para decapitar o monge.
"- Aí começa o inferno", disse-lhe o sábio mansamente.
O Samurai ficou imóvel. A Sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal arriscou sua própria vida para ensinar-lhe sobre o inferno.
O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento. O velho sábio continuou em silêncio. Passado algum tempo, o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz. Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou: "- Aí começa o céu..."

Para nós resta a importante lição sobre o céu e o inferno que podemos construir em nossa própria intimidade. Tanto o céu quanto o inferno, são estados de alma que nós próprios elegemos no nosso dia-a-dia. A cada instante somos convidados a tomar decisões que definirão o início do céu ou o começo do inferno.
É como se fossemos portadores de uma caixa invisível, onde houvesse ferramentas e materiais de primeiros socorros.
Diante de uma situação inesperada, podemos abrí-la e lançar mão de qualquer objeto em seu interior. Assim, quando alguém nos ofende, podemos erguer o martelo da ira ou usar o bálsamo da tolerância.
Visitados pela calúnia, podemos usar o machado do revide ou a gaze da autoconfiança.
Quando a injúria bater a nossa porta, podemos usar o aguilhão da vingança ou o óleo do perdão.
Diante da enfermidade inesperada, podemos lançar mão do ácido dissolvente da revolta ou empunhar o escudo da fé.
Ante a partida de um ente caro, nos braços da morte inevitável, podemos optar pelo punhal do desespero ou pela chave da aceitação.
Enfim, surpreendidos pelas mais diversas e infelizes situações, poderemos sempre optar por abrir abismos de incompreensão ou estender a ponte do diálogo que nos possibilite uma solução feliz.
A decisão depende sempre de nós mesmos. Somente da nossa vontade dependerá o nosso estado íntimo.
Portanto criar céus ou infernos, portas lá dentro da nossa alma, é algo que ninguém poderá fazer por nós. Sua Vontade é soberana! Sua Intimidade é um santuário do qual só você possui a chave. Preservá-la das investidas das sombras e abrí-la para que o sol possa iluminá-la só depende de você! PENSE NISSO! bjss

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